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Pinhalzinho, Maravilha, Palmitos e Cunha Porã concentram 71% do PIB Regional

Sicredi em parceria com a UFSM realizou diagnóstico que deu vazão a iniciativa denominada de “Aceleração Regional”

13 de Dezembro
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Com a objetivo de apoiar no processo de desenvolvimento coletivo local e regional da região de sua abrangência no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG em parceria com a UFSM desafiou-se a construir um estudo para estimular e subsidiar as discussões relativas aos desafios, oportunidades e potencialidades presentes na região.

Focada neste propósito, as duas instituições organizaram um amplo diagnóstico, através de pesquisa que envolveu seis pesquisadores e um grupo de 180 entrevistados, formado por lideranças, representantes de entidades, formadores de opinião e associados. O grupo também avaliou números de plataformas disponíveis, como IBGE, para detectar as principais demandas de cada município. Através deste estudo, foi criada a iniciativa Aceleração Regional, que terá continuidade nas cidades que tiverem interesse em aproveitar os dados coletados para discutir alternativas de desenvolvimento.
Para divulgar o que foi tabulado durante a pesquisa, dois eventos foram realizados. O primeiro em Rodeio Bonito, na terça-feira, 12, com a apresentação das informações dos municípios na área de abrangência no RS, e outro em Maravilha, na quarta-feira, 13, com o resultado das cidades do lado catarinense.

Números do estudo

Para a pesquisa, iniciada em agosto deste ano, foram mapeados 31 municípios do RS e de SC. A soma alcançou 104 dias e 6.240 horas de trabalho, resultando em 1,2 mil páginas de relatório. Este documento, apresenta vários índices, como a análise do perfil socioeconômico e também ambiental rural da região, além das proposições de políticas públicas e privadas que visam melhoria no ambiente empreendedor e inovador, indispensáveis ao processo de desenvolvimento econômico, social e humano. No oeste de Santa Catarina, dos municípios analisados, 35% da população está na área rural e 65% na urbana. Flor do Sertão é um dos que se destoa destes números, pois tem 79% dos munícipes no interior. Em todo o Estado de SC, esta diferença é maior, comparando com a região avaliada – 16% dos moradores vivem na área da rural e 84% na urbana.

Com relação às maiores taxas médias de crescimento, quatro municípios se destacam, Pinhalzinho, está com 4,2%, Flor do Sertão, com 3,9%, Maravilha, com 2,9% e Caibi, com 2,4%. Pinhalzinho, Maravilha, Palmitos e Cunha Porã concentram 71% do PIB Regional e as demais nove cidades fecham os 100%.

Segundo o professor da UFSM e coordenador do estudo, Nilson Luiz da Costa, estas diferenças nos números entre maiores e menores municípios permitem confirmar as profundas assimetrias regionais, fato que torna o planejamento do desenvolvimento e a busca de soluções econômicas viáveis ainda mais importantes, sobretudo se considerar o fato de que 62% da população regional está em plena idade ativa, na faixa entre 15 e 59 anos. Este público, soma 31,4 mil empregos formais nos municípios analisados, com salário médio regional de 2006 a 2017, chegando a R$ 2.233,14. Mesmo com o acréscimo financeiro, o valor é menor que a média salarial do Estado de Santa Catarina, que passou de R$ 2.320,75 para R$ 2.885,33. Com relação às empresas, entre 2006 e 2017, o número de empreendimentos e outras organizações registradas aumentou 4% e alcançou 5.288.

Avaliando a pesquisa, de modo geral, Nilson Luiz da Costa, acredita que desenvolver competências e habilidades é muito importante em todas as cidades analisadas, pois existe uma força social na região e ela necessita apenas de um processo constante de alimentação. “Vamos trabalhar e nos empenhar muito neste processo, auxiliando na busca de soluções para esta melhoria, que contribuirá para o crescimento regional”, comenta o professor.

Ganhos coletivos

Empreender, inovar e transformar para contribuir com o planejamento e desenvolvimento regional também é foco deste estudo. Com base nisso, o presidente da cooperativa, Eugenio Poltronieri, disse que o objetivo principal deste trabalho é proporcionar ganhos coletivos e benefícios comuns aos associados e não associados, ajudando a região por meio de fomento ao empreendedorismo e inovação. “A proposta é da cooperação e não da cooperativa, pois queremos colaborar para crescer e desenvolver cada vez mais os municípios que abrangemos. Vamos continuar alinhados com esta proposta, fazendo a nossa parte neste processo”, disse.


Próximos passos

De posse das informações, já disponíveis de forma individual no site da Sicredi Alto Uruguai, a cooperativa também entregará relatório físico em cada município interessado, disponibilizará seminários locais, através da UFSM, para orientar, mostrar caminhos e auxiliar na busca de alternativas, e ainda avaliará parceiros para projetos vinculados, auxiliando na criação de redes – intermediando possíveis projetos –, que possam contribuir com o progresso de toda a região.